O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) disse achar adequada a decisão do atual governador do Estado, João Doria (PSDB), de não comparecer ao velório do também ex-governador tucano Alberto Goldman, que faleceu ontem.

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Doria, que teve fortes divergências com Goldman, avisou no começo da manhã que não compareceria ao velório. Mas logo que soube da morte do ex-governador decretou luto oficial de três dias no Estado.

“Eu acho adequado. Eles não tinham um relacionamento. Ao contrário, tinham uma divergência. Não faz o menor sentido alguém ir a um velório sem ter vínculo nenhum”, disse França. Ele mesmo diz não ter sido amigo do ex-governador, mas que em algumas vezes se encontraram e que Goldman teria sido gentil. “Certamente algumas vezes eu digitei o número dele e ele digitou o meu (nas urnas). Então, mesmo não sendo parceiro eleitoral, tínhamos uma afinidade”, disse.

Perguntado se considera que Goldman foi injustiçado dentro do PSDB nos últimos tempos, França disse que não dá para falar nestes termos. “Não dá para dizer isso. Ele também teve divergências em outros momentos. Era uma pessoa de posições fortes e todo mundo sabia que ele tinha divergências com a linha que começou a crescer dentro do PSDB. Mas ele era um democrata e sabia que isso é coisa de eleição”, ponderou França.

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Para França, Goldman era um homem muito sério e respeitado, que teve posições muito fortes, mas sempre conviveu com divergentes, mas de forma muito leal.