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Marcelo Odebrecht pede carregador extra para sua tornozeleira

A defesa do empresário Marcelo Bahia Odebrecht pediu à Justiça a emissão de uma guia para compra de uma “fonte/carregador adicional e um carregador/bateria portátil” para sua tornozeleira eletrônica. O equipamento será usado em sua nova prisão: a mansão onde passa a cumprir a segunda etapa de sua pena.

À partir do dia 19, Odebrecht terá direito a progredir para o regime de prisão domiciliar, benefício mais almejado do indesejado acordo de delação premiada que assinou com a Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2 de dezembro de 2016.

Depois de 914 dias de cárcere na Lava Jato, em Curitiba, o juiz federal Danilo Pereira Junior, da 12ª Vara Federal vai dar autorização, ou não, para ele passar para o regime domiciliar. Odebrecht terá que ser monitorado por tornozeleira eletrônica e ficará preso em casa por mais 2 anos e 6 meses.

A nova prisão é uma casa de mais de mil metros quadrados, com piscina, ampla área de lazer, elevador e uma área de cozinha maior que toda carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, onde passou últimos três aniversários. Com 49 anos de idade, o neto do fundador Norberto Odebrecht está em contagem regressiva.

No dia 13, seu advogado, o criminalista Nabor Bulhões, protocolou pedido na 12ª Vara Federal, que cuida da execução da pena de Odebrecht.

Pelo acordo de delação premiada fechado com o Ministério Público, o criador do “setor de propinas” da Odebrecht só terá direito de pisar na rua sem qualquer tipo de monitoramento depois de 5 anos de prisão, portanto, em 2020. A liberdade para o empresário, que já foi considerado um dos homens mais influentes do País, só virá em 2025, quando terá cumprido os 10 anos de pena – equivalente a um terço dos 30, máximo acordado na delação.

O juiz Danilo Pereira Junior também decidirá se concorda com o endereço indicado para cumprimento do regime de prisão domiciliar, a forma de transporte até o local e se aceita a lista a lista de pessoas com que terão contato com ele, além dos familiares. São 15 indicados pelo condenado ao juiz, familiares têm acesso livre.

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