A confirmação do ex-diretor do Detran Marcelo Almeida na Secretaria de Obras encerra as mudanças que o governador Roberto Requião (PMDB) fará no seu terceiro mandato no Palácio Iguaçu. Marcelo Almeida desistiu de esperar por uma oportunidade de assumir uma vaga na Câmara dos Deputados – ele é o primeiro suplente do PMDB paranaense – e tomará posse na próxima segunda-feira, 12, junto com toda a nova equipe do governador, do primeiro escalão. Agora, falta apenas escolher o futuro líder do governo na Assembléia Legislativa. O mais cotado é o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli, ex-presidente da Cohapar.
No secretariado, estará o PT, que já tem a Secretaria de Ciência e Tecnologia, ocupada pela ex-reitora da UEL (Universidade Estadual de Londrina) Lígia Puppato, e que passa a ocupar as pastas do Planejamento e Agricultura, para as quais já estão confirmados o deputado estadual Ênio Verri e o ex-secretário nacional de Agricultura Familiar Valter Bianchini. O PSDB ganhou a secretaria do Trabalho e Ação Social. O novo secretário será o deputado estadual Nelson Garcia.
A área de Obras era a única que ainda estava em aberto depois da recusa do deputado federal Max Rosenmann em aceitar o cargo, no mês de janeiro. Marcelo disse que apesar de não ter um orçamento próprio alentado – são cerca de R$ 20 milhões anuais, com fonte em transferências federais -, a área oferece a possibilidade de fazer um bom trabalho. ?Para mim que sou engenheiro, acho que posso fazer uma revolução. É uma secretaria meio, que executa obras de todas as demais secretarias. É uma secretaria que vive com o dinheiro dos outros, por isso, não precisa ter um grande orçamento?, disse o futuro secretário.
Ele ainda não perdeu a esperança de assumir uma cadeira na Câmara. Mas admite as dificuldades para que um deputado federal do PMDB paranaense seja convidado para um ministério do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Perfil
Na liderança do governo, em substituição ao deputado Dobrandino da Silva, que exerceu esse papel nos últimos dois anos, o mais cotado é Romanelli. Experiente, o ex-presidente da Cohapar já exerceu um mandato de deputado estadual e era um dos porta-vozes da oposição ao governo de Jaime Lerner. A escolha do líder é uma prerrogativa do governador, que ainda não anunciou o nome.
Já o líder do PMDB será escolhido entre a bancada. Os dois candidatos ao posto são os deputados Artagão Junior e Waldyr Pugliesi. Requião disse aos deputados que não interfere na definição, mas eles acham que o governador prefere Pugliesi, seu ex-secretário de Transportes e peemedebista antigo, assim como Romanelli.