O líder da bancada do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), disse nesta quarta-feira, 11, que o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), pediu mais tempo para refletir sobre a possibilidade de renunciar à função. Ribeiro lembrou a Maranhão que o tempo dele se esgotará na quinta-feira, 12, prazo dado pelos líderes partidários para ele tomar uma decisão, caso contrário, será mantida a representação por quebra de decoro parlamentar protocolada contra ele pelo DEM e PSD.
O líder demonstrou preocupação com a indefinição de Maranhão, já que caso o afastamento da presidente Dilma Rousseff seja confirmado hoje pelo Senado, há expectativa de que o novo governo apresente imediatamente medidas para serem votadas na Casa. Ribeiro ponderou que a Câmara deve ter nas próximas semanas debates políticos “pesados” e que a situação do presidente interino precisa ser resolvida o mais rápido possível. “O governo não poderá avançar sem que a Câmara esteja funcionando bem. O governo precisará de apoio na Casa”, comentou.
Ribeiro fez questão de contextualizar Maranhão sobre sua situação e da indisposição da maior parte da Casa em mantê-lo no cargo. O presidente interino disse que vai procurar os líderes partidários pedindo apoio, o que já tem feito ao longo da manhã. Desacostumado à interação com os líderes, Maranhão pediu que um funcionário do gabinete da presidência imprimisse um documento com as fotos dos líderes para se certificar com quem precisa falar.
O líder do PP insistiu que a Câmara precisa de condições mínimas para funcionar em um momento de mudança de governo. Ribeiro destacou que, se Maranhão não se decidir, sua posição será interpretada – principalmente pela oposição – como permanência, o que acarretará em consequências no Conselho de Ética. “Continuamos por enquanto no impasse. Esperamos que seja resolvido rápido”, declarou.