O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi alvo de protestos na manhã de ontem na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), na periferia da capital paranaense. O ato foi organizado pelo Movimento Popular pela Moradia (PMP) e pelo movimento Povo Sem Medo, que reúne outros movimentos populares. Eles pedem a renúncia de Cunha ao cargo. Além do deputado, a manifestação atacou a aliança do governo federal com setores considerados conservadores e o provável corte de investimentos nos programas populares.

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Atingido por denúncias de corrupção, Cunha tem sido criticado por ter tentado restringir os investimentos da Caixa Econômica Federal (CEF). “Caso seu projeto fosse aprovado, não teríamos mais investimentos em moradias populares”, disse um dos coordenadores do ato, Crisanto Figueiredo.

Segundo os organizadores, 1,1 mil participaram do evento que, mesmo com chuva, atraiu os moradores das ocupações Primavera, 29 de Março e Tiradentes, todas na região. A população dessas ocupações chega a 1,3 mil pessoas, que aguardam habitação. Não houve uma estimativa de público por parte de órgãos oficiais.

Na opinião de Crisanto, o mau momento vivido pelo País não é apenas por causa de Cunha, pois o governo federal também erra ao promover alianças com grupos considerados conservadores. “Ele ameaça com impeachment, o governo recua, depois ele recua por causa das denúncias, mas volta a ameaçar. Esse círculo precisa terminar”, comentou.

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Agenor Sampaio, 62 anos, mora na região e participou da manifestação para que não ocorram cortes na área de moradias. “Precisamos defender o que foi conseguido, mas seria uma mudança (saída de Cunha) para melhor”, disse.

No sábado à tarde, cerca de mil pessoas participaram, juntamente com a Virada Cultural que aconteceu na cidade, de uma manifestação pedindo a saída de Eduardo Cunha.

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