O Ministério Público do Estado (MP) protocolou ontem nova ação contra o vereador de Londrina Orlando Bonilha (PR).
Afastado da Câmara Municipal pela Justiça, por conta das investigações por formação de quadrilha e concussão, Bonilha, agora, foi denunciado por improbidade administrativa, pela Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público de Londrina por conta de exigência de vantagem patrimonial para encaminhar Projeto de Lei visando a alteração do zoneamento de parte de uma rua da cidade.
Os promotores de Justiça Renato de Lima Castro, Leila Schimiti Voltarelli e Cláudio Rubino Zuan Esteves assinam a ação, que foi distribuída para a 8.a Vara Cível de Londrina. Se condenado, o vereador corre o risco de sanções como a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos e multa.
Segundo a denúncia, em dezembro de 2003, o vereador, então presidente da Câmara, teria exigido R$ 12 mil do dono de um lote, para colocar em votação um projeto de lei que alteraria o zoneamento de parte de uma rua da cidade onde estava o terreno. A alteração permitiria que a propriedade fosse vendida e que lá fosse instalada uma cervejaria. Para não perder o negócio, o dono do terreno pagou, em dinheiro, os R$ 12 mil.
Orlando Bonilha, que é alvo de uma Comissão Processante na Câmara de Londrina, e chegou a ficar 24 horas preso pela acusação de exigir parte dos salários de seus assessores está judicialmente afastado de suas funções de vereador, assim como os vereadores Flávio Vedoato (PSC), Osvaldo Bergamin (PMDB) e Renato Araújo (PP), acusados de formação de quadrilha e concussão, até o encerramento do processo. Ontem, a Câmara Municipal de Londrina decidiu convocar os suplentes dos parlamentares.