É grande a movimentação no Centro Politécnico da UFPR, que se transformou no maior local de votação do país com cerca de 28 mil eleitores. Isso aconteceu depois da mudança de locais de votação em razão das ocupações de escolas nas quais estudantes protestam contra a reforma do ensino médio. Só em Curitiba foram 146 locais alterados.
O número de votantes é quase seis vezes maior do que o original, de 5,2 mil eleitores. Funcionários do TRE permanecem dentro do campus dando orientações e prestando esclarecimentos aos eleitores.
Ângela Cristina Berino, artesã, aproveitou para votar acompanhada da cachorra. Apesar de sempre votar no Centro Politécnico, dessa vez foi surpreendida pela movimentação. “É muita gente por todos os lados, mas votei em menos de dez minutos. Bem tranquilo, até”.
Lourival Oliveira, acompanhado pela esposa Rosana Oliveira e pela filha, Kimberly, chegou por volta das 10h40, ao contrário do que costuma fazer, já que sempre vota no período da tarde. “A gente sabia que ia ser tudo muito movimentado, por isso viemos cedo”.
Apesar disso, a votação foi organizada, segundo Rosana. “O pessoal da Justiça Eleitoral está por toda a parte, e isso realmente ajuda. O problema é que nosso local de votação original fica a três quadras de nossa casa, já esse fica a mais de 8 km, infelizmente”.
R$ 3 mi a mais
O TRE-PR teve um gasto adicional de R$ 3 milhões no custo do segundo turno das eleições municipais neste ano. Em função do movimento de ocupação das escolas, 205 locais foram alterados nos três municípios com segundo turno (Curitiba, Maringá e Ponta Grossa). A verba extra significa um acréscimo de quase 15% em relação ao custo original, passando de R$ 22,2 mi para R$ 25 mi. O valor foi repassado pelo Tribunal Superior Eleitoral a pedido do TRE paranaense.
