O ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega afirmou nesta quinta-feira, 29, referindo-se à campanha da presidente pela reeleição, que o “sinal vermelho” para Dilma Rousseff irá acender caso sua popularidade caia abaixo de 34%. Conforme ele, a situação de Dilma não é confortável, pois, atualmente, seu nível de aprovação já está em torno de 35%. Maílson participa do 13º Seminário – Perspectivas para o Agribusiness 2014 e 2015, promovido pela BM&FBovespa, em São Paulo.
Para a Tendências Consultoria Integrada, da qual Maílson é sócio, a eleição para presidente da República será decidida em dois Estados (SP e MG) e em uma região (Nordeste). Segundo ele, em Pernambuco o presidenciável Eduardo Campos (PSB) conseguiu receber 85% dos votos de Dilma no Estado e isso permite a Campos, que saiu do governo estadual com 83% de popularidade, vencer no Estado. Em Minas Gerais, Aécio ganha, segundo Maílson.
Para a consultoria, a decisão sobre o novo presidente deve ocorrer no segundo turno. E as chances de Dilma se reeleger são de 55%, mas esse porcentual já foi de 70%. “A candidatura de Lula não é provável. Dilma não aceitaria o golpe. O PT racharia. E a substituição seria desastrosa.”
Dólar
Maílson afirmou ainda que a cotação do dólar poderá ir até os R$ 2,45 caso Dilma seja reeleita. Caso algum candidato da oposição vença as eleições de outubro, a moeda norte-americana poderá cair para R$ 2,10, comentou.
Maílson comentou ainda que a economia brasileira não deve desandar, porque hoje há uma intolerância à inflação e instrumentos para se combater uma crise cambial. Com relação especificamente às eleições deste ano, o economista disse que esta será a mais “imprevisível desde 1989” e a “mais competitiva” desde 2002.