Ao comentar hoje a prisão do secretário-executivo do Ministério do Turismo, Frederico Silva da Costa, o presidente da Câmara, Marco Maia, disse que se fosse o “número 2” de qualquer ministério “estaria preocupado”. “O que tem caído de número dois né?”, observou Maia, referindo-se também ao ex-secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, que pediu demissão no último sábado, depois da denúncia de ligação suspeita com um lobista.

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Maia admite que esse “turbilhão” de denúncias de corrupção no governo federal é preocupante. “Temos preocupação, porque há um turbilhão de denúncias, começou nos Transportes, teve na Agricultura e agora no Turismo, mas nós não podemos permitir que isso paralise o governo e o Brasil”, afirmou.

Maia descreveu como grave a situação de sucessivos escândalos pelos ministérios, reconheceu que este tema deve provocar impacto no Congresso Nacional, mas disse não acreditar em contaminação nas votações. “Todas essas situações quando vão acontecendo em cadeia e atingindo ministros variados é óbvio que têm impacto nos trabalhos, mas os parlamentares estão imbuídos também neste processo de fiscalização e isso não vai contaminar as votações”, afirmou.

O presidente da Câmara se reuniu nesta manhã com integrantes da Frente Parlamentar de Combate à Corrupção e prometeu colocar em pauta até o final do ano projetos da área. Segundo Maia, devem entrar em votação propostas que aumentam a pena para crimes de corrupção e que reestruturam órgãos de fiscalização.

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