Maia recebe amanhã apoio do PT e PMDB no Rio

Enquanto o PT e o PMDB do Rio brigam em público por causa do comando de Furnas, umas das empresas mais cobiçadas do setor elétrico, o candidato à presidência da Câmara, Marco Maia (PT-RS), deverá vir amanhã ao Rio para receber o apoio da bancada fluminense. Maia tinha planos de consolidar uma candidatura única, mas foi atropelado pela decisão do deputado Sandro Mabel (PR-GO) de entrar na disputa, à revelia de seu partido. No Rio, Maia pretende mostrar que a unidade em torno de seu nome não foi abalada pela disputa por cargos do segundo escalão.

A semana começou com um conflito entre um grupo de funcionários de carreira de Furnas, apoiado pelo deputado licenciado e atual secretário municipal de Habitação do Rio, Jorge Bittar (PT), e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O servidores redigiram um documento em que acusam Cunha de aparelhar a empresa, de manipular o atual presidente, Carlos Nadalutti, e de patrocinar uma série de desvios administrativos. Cunha atacou a “incompetência” dos diretores da estatal que têm o apoio do PT e criticou a gestão de antigos presidentes da empresa. Apesar do conflito, Eduardo Cunha organizou, com o deputado petista Edson Santos, o jantar que será oferecido amanhã a Marco Maia.

A decisão final sobre a sucessão em Furnas está nas mãos da presidente Dilma Rousseff. A tendência é que ela rejeite indicações políticas para a presidência. O principal candidato é o peemedebista Hélio Costa, derrotado na disputa pela governo de Minas Gerais. A briga voltou-se, então, para a indicação de um técnico. Na próxima segunda-feira, Eduardo Cunha deverá se reunir com a bancada do Rio para fechar uma lista de três nomes que serão levados ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também do PMDB.

Hoje, Cunha usou a rede de microblogs Twitter para tentar minar o movimento do ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, do PT mineiro, de indicar um técnico para substituir Carlos Nadalutti. O nome cogitado é do engenheiro Marco Antônio Castello Branco, ex-presidente da Usiminas. O PMDB fluminense luta para manter o espaço na estatal, enquanto o PT tenta tirar a ingerência das mãos de Eduardo Cunha, mesmo que a indicação principal continue com os peemedebistas.

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