O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), iniciou hoje, pelo Paraná e Santa Catarina, reuniões que pretende fazer em outras regiões para apresentar propostas e informar sobre as conversas para compor a Mesa Diretora da Câmara, que ele pretende presidir nos próximos dois anos. As eleições estão marcadas para o dia 2 de fevereiro. “Nós queremos que todos os partidos, independente da sua posição ou da sua opinião, estejam representados ou na Mesa Diretora ou nos espaços de participação e decisão da Câmara”, afirmou.
De acordo com ele, a abertura da campanha nos dois Estados do Sul foi definida em acordo com o PSDB e com o DEM, que governam Paraná e Santa Catarina, respectivamente. A primeira atividade de hoje foi um encontro com o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). Depois, ele teve um almoço com 15 deputados federais paranaenses e participou da posse do novo presidente do Tribunal de Contas paranaense, Fernando Guimarães.
Na noite de hoje, ele terá reuniões em Florianópolis. “Queremos construir um processo na Câmara muito dialogado e que tenha na pluralidade uma das marcas principais”, reforçou. Ele já anunciou os deputados Eduardo Gomes (PSDB-TO) e Eduardo da Fonte (PP-PE) como indicados para integrar a Mesa. “Outros partidos estão definindo internamente”, disse.
Maia falou que continua a conversa com o PDT, que adiou uma resposta sobre apoio a sua candidatura. “O PDT nos apresentou uma proposta em relação à composição da Mesa e vamos analisá-la, mas já deixou claro que a tendência majoritária é me apoiar”, disse. Segundo ele, a proposta inclui uma participação maior na composição. “O partido merece aquilo que ele almeja, mas nem sempre isto pode se transformar em realidade”, acrescentou. “Esse é o exercício que fazemos neste momento”.
O presidente da Câmara repetiu que PMDB e PT vão “marchar juntos” nos próximos quatro anos, apesar de divergências que têm aparecido na composição do segundo escalão no governo federal. “Temos um acordo de compartilhamento da presidência da Câmara dos Deputados. Os dois primeiros anos serão do PT, e nos outros dois o candidato será do PMDB”, disse. “Não há nenhum motivo para que haja turbulência nas relações entre PT e PMDB na Câmara dos Deputados, ao contrário, os motivos são para que caminhem juntos, apresentem proposições juntos, ajudem na construção dessa visão plural”, acrescentou.