O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), evitou nesta quinta-feira, 9, comentar a destituição do senador Tasso Jereissati (CE) da presidência interina do PSDB feita pelo senador Aécio Neves (MG). Maia afirmou que não pode comentar o tema, pois todos os envolvidos são amigos dele.

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“Isso é um problema do PSDB. Não dá para comentar, porque são todos meus amigos. Como não é um problema do meu partido, não tenho como ajudar nem interferir, qualquer opinião que eu dê acho que é deselegante”, declarou Maia ao ser questionado pela reportagem.

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Aécio destituiu Tasso da presidência interina do PSDB e o substituiu pelo ex-governador paulista Alberto Goldman. Em carta divulgada pelo senador mineiro, ele afirma que o motivo da substituição é a “desejável isonomia” entre os candidatos ao comando definitivo da sigla, na eleição marcada para 9 dezembro.

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O senador cearense oficializou ontem sua candidatura à presidência nacional do PSDB. Ele deve ter como adversário na disputa o governador de Goiás, Marconi Perillo, que tem apoio do grupo ligado a Aécio.

Repercussão

O fato repercutiu no plenário da Câmara entre os tucanos. Integrante da ala oposicionista do PSDB, o deputado Daniel Coelho (PE) acusou Goldman de ter combinado com Aécio, os ministros tucanos e o presidente Michel Temer a destituição de Tasso. Para Coelho, o ato foi um “golpe rasteiro”.

Aliado de Aécio, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) defendeu a destituição. Ele afirmou que o partido vive uma “autofagia” em público e que Tasso foi presidente apenas de uma facção na legenda.