A declaração de apoio do PDT ao deputado Marco Maia (PT-RS) expõe a quase unanimidade que o petista arregimentou em torno de sua candidatura à presidência da Câmara. Com o apoio do governo, Maia desestimulou no nascedouro as candidaturas alternativas dos deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Júlio Delgado (PSB-MG) e obteve até mesmo o apoio da oposição. Apenas o deputado Sandro Mabel (PR-GO) insiste, até o momento, em lançar-se candidato, mesmo sem o apoio de seu partido.

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Até o momento, 11 siglas já declararam apoio ao petista: PMDB, PDT, PP, PR, PSB, PCdoB, PTB, PSDB, DEM e PPS, além do próprio PT. O PSol e o PV, que elegeu 14 deputados, estão entre os poucos que ainda não se definiram.

As negociações de apoio ao petista refletem-se na distribuição dos cobiçados postos na Mesa Diretora da Câmara. Em troca do apoio do PSB, o PT cedeu aos socialistas a Quarta Secretaria. Como maior bancada da Câmara, o PT teria direito a duas vagas na Mesa Diretora. O PSB teria direito, apenas, a uma suplência.

O acordo com os demais partidos contempla, por ora, a seguinte distribuição de cargos da Mesa: a 1ª Vice-presidência caberá ao PMDB e a 1ª Secretaria (espécie de Prefeitura da Casa) ao PSDB. A 2ª Vice-presidência caberá ao PP ou ao DEM. A Segunda e Terceira Secretaria ficarão com o PR e o PP ou DEM (conforme a definição da 2ª. Vice-presidência).

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