O presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), disse que a base aliada mantém a ideia de sensibilizar o governo para que prorrogue o prazo para cancelamento das emendas de 2009 que ainda não foram liberadas e constam como “restos a pagar”, previsto para amanhã, por mais 90 ou 180 dias, durante entrevista hoje na sede da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), em Porto Alegre.

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Embora descarte reações como congelamento de votações de interesse do Executivo, ventilada nos corredores de Brasília, o parlamentar gaúcho admitiu que a negativa do Executivo pode mexer com o estado de espírito dos parlamentares em futuras votações. “São coisas separadas, diferentes, mas é óbvio que o ânimo da Câmara sempre é importante para votações de matérias mais controversas, como as que exigem uma presença maior de parlamentares, por exemplo”, avaliou.

Maia sustentou que “o semestre foi bom para o governo na Câmara” e enumerou uma série de votações satisfatórias para o Executivo, como as do salário mínimo, Código Florestal e 21 medidas provisórias. “O governo não tem o que reclamar do que foi produzido na Câmara do seu ponto de vista”, afirmou. Ao mesmo tempo, sugeriu que “o governo precisa ir mediando, criando as condições para que o ânimo da tropa seja o mais elevado possível para poder enfrentar o debate a as disputas que a Câmara precisa produzir”.

Ele evitou falar sobre um possível desgaste da ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que levou a reivindicação dos deputados à presidente Dilma Rousseff e encontrou a chefe do Executivo irredutível. Maia afirmou que Ideli está apenas começando seu trabalho e que a presidente Dilma precisa dar poderes a ela, “dar a ela condições para que efetivamente possa fazer essa interlocução”, afirmou, ressalvando que, no momento, a ministra ainda está na “fase do conhecimento”.

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