O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta terça-feira, 20, que ainda não tomou a decisão a respeito da possibilidade de deixar a vida pública. Segundo ele, ele tomará a decisão até a próxima semana. Maggi afirmou que pretende convocar uma entrevista coletiva para a próxima segunda-feira (26), em Cuiabá, Mato Grosso, onde fica sua base política, para anunciar se permanece na política ou se volta a atuar nas empresas do grupo Amaggi.
Senador licenciado pelo PP de Mato Grosso, Maggi terá de se desincompatibilizar do posto de ministro e voltar ao parlamento até abril, caso opte pela reeleição. O ministro nunca escondeu de interlocutores o desejo de, em 2018, disputar novamente o governo do Estado de Mato Grosso. Nos últimos meses, porém, em função de investigações contra ele – que geraram inclusive um mandado de busca e apreensão em seu apartamento em Brasília, em setembro – Maggi perdeu espaço político. Agora, ele avalia a possibilidade de concorrer ao Senado ou sair da vida pública.
“Não defini isso ainda. Há muito tempo tenho trabalhado essa hipótese de sair da política. É um desejo meu, um desejo da minha família. Estou em conversas”, afirmou Blairo. “Na segunda-feira pretendo dar uma entrevista coletiva lá em Cuiabá, na minha casa, minha terra, esclarecendo definitivamente sobre essa questão. Até porque, ao não continuar, meus colegas senadores precisam definir uma série de coisas. E eu não quero atrapalhar a vida de ninguém.”
O ministro participa nesta terça-feira da posse da nova diretoria da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), em Brasília. A deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) assumiu a presidência da entidade. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também está presente ao evento, assim como o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Eles falaram mais cedo com a imprensa. Já o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também no evento, entrou sem dar entrevista.