Foto: Luiz Alves/Agência Câmara |
Aldo: dificuldades. |
A baixa aceitação no Paraná do deputado Aldo Rebelo tem três motivos. O PMDB e o PT estão aliados nacionalmente, contando com as duas maiores bancadas da Câmara. Em segundo lugar, alguns deputados paranaenses afirmam que a gestão de Aldo na presidência foi responsável pela má imagem do Congresso Nacional perante a sociedade, sendo agravada com a questão o aumento dos salários dos parlamentares. Além disso, o surgimento de um candidato paranaense na chamada terceira via, esvaziou o apoio ao comunista.
Fazendo parte da coordenação de campanha de Chinaglia, o deputado Ricardo Barros (PP) afirmou que a sua opção se deu num momento em que havia somente dois pretendentes à presidência. ?Entre Aldo e outro, prefiro o outro. Ele fez a pior gestão. Não soube defender a Casa?, disse Barros, avaliando que Aldo fez um grande serviço à Lula, desviando a crise do Executivo para o Congresso. Segundo ele, se a candidatura de Fruet tivesse sido lançada mais cedo, ?muito provavelmente? ele o apoiaria. ?Agora não tenho como reverter?, afirmou.
O deputado do PMDB Max Rosenmann disse que embora o governador tenha pedido à bancada do Paraná para apoiar Aldo Rebelo, o comunista não tem a confiança dos deputados. ?Particularmente não gosto do pessoal do PT, mas o Chinaglia é o que tem melhores condições e deve ganhar com facilidade?, declarou. Para Rosenmann, a candidatura de Fruet é para se exibir e não tem a menor chance. Rosenmann considera que Fruet está usando a mídia para promover a candidatura. Para o peemedebista, a questão da presidência é interna da Câmara e de competência dos deputados.
Já o deputado Rodrigo da Rocha Loures (PMDB), afirma que tem grande ?simpatia? pela candidatura de Aldo. ?Se a eleição fosse hoje votava nele. Mas a eleição é um processo dinâmico, e temos ainda 12 dias para ver qual candidato vai se sobressair?, disse. Segundo o parlamentar, a candidatura de Aldo não é mais da base do governo e a de Fruet é programática e de oposição.
Rocha Loures criticou a postura do deputado André Vargas, que declarou que Chinaglia teria 16 votos no Paraná. ?É muito inadequada para o processo. O voto é secreto. Se já se soubesse os votos dos outros não precisaria de eleição?, disse.