A executiva estadual do PFL está formando sua chapa de candidatos à Assembléia Legislativa e Câmara Federal. Ontem, reunida em Curitiba, a direção estadual listou 33 candidatos a deputado estadual e outros 17 a deputado federal. A ordem agora é buscar novos nomes para completar a chapa à eleição proporcional, enquanto o partido espera pela definição da aliança com o PSDB e PDT para a disputa ao governo no próximo ano.
O presidente do PFL, deputado federal Abelardo Lupion, disse que a maioria do partido aposta na coligação com tucanos e pedetistas encabeçada pela candidatura do senador Osmar Dias ao governo. Mas admitiu que há setores do partido já pensando no que chamou de um "plano B", caso não saia o acordo para apoiar a candidatura do senador pedetista.
Lupion afirmou que se "der zebra" na construção da frente de oposição, setores do partido pensam em preparar uma candidatura própria. "Existem alguns querendo um plano B para já. Mas eu acredito que não vai dar zebra no nosso pré-acordo com o Osmar. Porque o PDT não irá sobreviver se não apoiar seus candidatos a governador", afirmou o pefelista, citando que não vê possibilidades de o PDT manter suas candidaturas a presidente da República se esse projeto enfraquecer seus candidatos nos estados. "Eles têm, no mínimo, oito candidatos a governador com chances nos estados. O Osmar é o mais forte deles", afirmou.
O presidente estadual do PFL afirmou que é contra a antecipação de uma discussão sobre candidatura própria ao governo do Estado. "Nós não podemos ser levianos de estarmos conversando em aliança com o senador Osmar Dias e, ao mesmo tempo, ficar pensando em nomes. Quadros nós temos, se for necessário. Mas não é hora de discutir nomes", declarou.
Somente uma decisão nacional poderia apressar esse debate, disse Lupion, citando o movimento que cresce no PFL nacional em favor de uma candidatura própria à presidência da República. O presidente do partido afirmou que existe a possibilidade de o PFL disputar a eleição presidencial e que, se esse for o consenso, a bancada do partido na Câmara Federal vai defender a candidatura do presidente nacional da sigla, senador Jorge Bornhausen. "Na Câmara, é quase um consenso a indicação do Bornhausen. Ele ainda não se colocou como candidato, mas em março nós vamos ter que conversar para valer", disse Lupion. No PFL, até agora o único presidenciável é o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia que, há quinze dias, anunciou o apoio do partido a uma possível candidatura do tucano José Serra à presidência da República.
