De passagem pelo Paraná, onde inaugurou a nova Agência Municipal do Trabalhador de Londrina, o presidente licenciado do PDT nacional, ministro do Trabalho, Carlos Lupi almoçou com o senador Osmar Dias e outros integrantes da direção estadual do partido, em Curitiba e garantiu que o trabalho do PDT continua sendo para atrair o apoio do PT e dos demais partidos da base do governo Lula para a pré-candidatura de Osmar ao governo do Estado.
Lupi reafirmou a prioridade nacional da candidatura de Osmar e disse que as exaustivas conversas com o PT serão concluídas com uma aliança firmada. “Vamos conversar bastante, gastar muita sola de sapato e chegar a uma acordo. O Paraná é o principal estado em que o PDT tem candidato a governador e o nosso partido está trabalhando num projeto de unificação dos partidos em torno desta candidatura”, disse Lupi, que pediu cautela na análise das exigências de PT e PDT para a consolidação da aliança.
“Para mim e qualquer cidadão deve ser motivo de honra ser cogitado como vice do Osmar. Mas isto tem que ser amadurecido na conversa. Em política não existe a palavra “irreversível’. Não podemos impor nenhuma situação para outro partido, mas não podemos também permitir que outros partidos façam isso com a gente”, disse.
A aliança entre PDT e PT quase foi por água abaixo diante da exigência de Osmar em ter a ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, como sua vice, enquanto o Partido dos Trabalhadores mantém Gleisi como pré-candidata ao Senado. A
pesar de não ter conversado com nenhuma liderança regional do PT na passagem pelo Paraná, Lupi disse que tem seguidos encontros com petistas em Brasília, “inclusive com o ministro Paulo Bernardo”, e que as conversas sempre foram em torno de um acordo no Paraná.
Em entrevista à Rádio Banda B, Lupi afirmou querer ver, no Paraná, a repetição da polarização que deverá ocorrer na campanha nacional, entre um candidato do governo Lula e um da Oposição e disse acreditar na possibilidade de, além do PT, PMDB, PP e PR, entre outros partidos, aliarem-se à candidatura de Osmar.
Lupi, inclusive, cobrou coerência dos aliados e deu um recado ao deputado federal Ricardo Barros (PP), pré-candidato ao Senado, que não descartou apoiar Beto Richa (PSDB).
“Tenho certeza que vamos unir PT, PMDB, PP e todos os partidos da base aliada até por uma questão de coerência. Como essa gente que vai ficar aí, apoiar Lula, ser vice-líder do governo, trazendo recursos para municípios do Paraná e, na véspera da eleição, muda de lado? É uma questão de coerência”, concluiu o ministro.
Para tentar reativar a aliança com o PT, Osmar Dias deverá ter um novo encontro com o presidente Lula, mas o senador, que nesta semana não quis falar sobe coligações, ainda não confirmou a data da conversa com o presidente.