Lula tenta evitar confronto entre PT e PMDB no Senado

Pressionado pelo PMDB, que reivindica o comando da Câmara e do Senado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou na terça-feira (13) um movimento para impedir o confronto entre o PT e o principal parceiro da coalizão governista. Após um dia repleto de conversas políticas, Lula recebeu à noite, no Palácio do Planalto, o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP). Foi direto ao assunto: disse a ele que manterá o PT unido em torno de sua candidatura à presidência da Câmara, na eleição marcada para 2 de fevereiro.

Lula disse a Temer que vai conversar com o senador José Sarney (PMDB-AP), possivelmente ainda hoje, para saber se ele realmente deseja concorrer à presidência do Senado. Na prática, a ala do PMDB ligada a Sarney e a Renan Calheiros (AL) quer que o governo “rife” o senador Tião Viana (PT-AC), candidato à sucessão do presidente do Congresso, Garibaldi Alves (PMDB-RN). O argumento do grupo é que somente dessa forma, com Sarney ungido como nome de consenso, o governo evitaria o racha na aliança.

Temer pediu ao presidente que tome as rédeas do processo. Apesar do discurso entusiasmado, o deputado tem receio de ser traído pelo PT na eleição para o comando da Câmara, se os petistas sentirem que estão levando uma rasteira do PMDB no Senado. Lula mostrou contrariedade com o andamento das negociações até agora e disse que não permitirá mais uma divisão da base.

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