Lula retomará atividades em ONG após carnaval

Em reforma há duas semanas, o Instituto Cidadania, ONG criada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva antes de assumir a Presidência da República, estará pronto para recebê-lo a partir de 15 de fevereiro. Embora não esteja previsto que Lula começará a trabalhar antes do carnaval (8 de março), os pedreiros que cuidam da reforma estão ansiosos para conhecer o ex-presidente. “Ele não veio ainda ver a obra, mas vai ser um prazer vê-lo. Eu sou nordestino e trabalhador, como ele”, disse um dos trabalhadores da obra.

O Instituto fica no número 21 da Rua Pouso Alegre, ao lado do Hospital São Camilo e a poucos metros do Parque da Independência, no Ipiranga, zona sul da capital paulista. Hoje, os pedreiros se concentravam na troca do piso da calçada e na pintura do interior da casa. A garagem foi transformada em depósito de material de construção. Ao lado da casa, a guarita de um estacionamento exibe um cartaz de campanha da presidente Dilma Rousseff junto com seu principal cabo eleitoral e a frase: “Para o Brasil continuar mudando”.

Dos colaboradores próximos de Lula, Paulo Okamotto, que vai da presidência do Sebrae para a ONG, fiscaliza a obra com frequência. Perguntado sobre o andamento da obra e os custos da reforma, Okamotto desconversou. “Sei lá quanto isso vai custar, isso não é o mais importante”, respondeu. Como a casa não comporta o acervo de Lula, será criado um memorial onde serão catalogadas as 850 mil cartas do ex-presidente e imagens e objetos da época na Presidência. O local, ainda não definido, funcionará como um museu interativo, que usará seu período de governo como eixo para debater a história do País.

Já a sede do futuro Instituto Lula só será definida com a volta do ex-presidente, após 8 de março. Lula pretende divulgar projetos de combate à pobreza na América do Sul e na África. “Ele não vai trabalhar aqui, vai só passar uns meses”, conta Okamotto, após vistoriar o andamento da obra no Ipiranga. Com a nova equipe, formada pelos ex-ministros Luiz Dulci (Secretaria-Geral) e Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), Lula pretende criar um fórum de esquerda para debater temas como reforma política.

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