O presidente Luiz Inácio Lula da Silva rebateu críticas do cantor Caetano Veloso que o chamou de analfabeto numa entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo. “Eu queria ser economista ou advogado, que fala bonito”, disse Lula, em discurso numa refinaria da Petrobras. “Jamais Caetano chamaria um advogado de analfabeto, (advogado) é um letrado.”
No discurso de improviso, Lula também criticou o senador oposicionista José Agripino Maia (DEM-RN). Sem citar o nome do adversário, o presidente disse que, em 1993, quando Agripino governava o Rio Grande do Norte, a Petrobras furou um poço que tinha grande quantidade de água. E, como buscava óleo, a empresa sugeriu ao governador que colocasse uma bomba para aproveitar a água. Agripino não colocou a bomba, segundo Lula.
Em seguida, Lula chegou a ironizar o “coronelismo” potiguar. “Aqui tem coronel A, B e C”, disse. “É tudo parente.”
No palco estavam dois representantes das principais oligarquias do Rio Grande do Norte – os Alves e os Maias. A própria governadora Wilma de Faria entrou na política em 1979 como secretária do ex-governador Lavoisier Maia, que era seu marido à época. Outro que estava no palco era o deputado Henrique Alves (PMDB-RN), representante da oligarquia dos Alves.