Lula: quem quiser me vencer vai ter que trabalhar mais

Na quarta festa do dia em comemoração a seu 64º aniversário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que se sente muito bem disposto. “Quem quiser me vencer vai ter que trabalhar muito mais do que eu”, afirmou o presidente.

Ao ser perguntado se queria, como presente, fazer a sua sucessora, respondeu: “O maior presente de um cidadão que completa 64 anos é agradecer a Deus ter chegado inteiro aos 64 anos. Mas vamos deixar para fazer esta pergunta no ano que vem. Obviamente que a eleição dá continuidade do programa que nós estamos exercendo é um presente que vou pedir no meu aniversário de 2010”.

Lula utilizou uma metáfora para definir seu estilo de vida: “O jogo de futebol e da vida é ganho na disputa”. A um grupo de adolescentes que integram o Programa de jovens aprendizes do Banco do Brasil, e também participaram da festa, o presidente disse que é preciso ter persistência na vida. “No mundo animal não existe possibilidade de sobrevivência se a pessoa fraqueja. Sorte é a gente que faz. Se a gente perseverar, a gente não tem nem razão para desanimar”.

Lula lembrou que tinha razão de sobra para ter desistido, inclusive de concorrer à Presidência da República, após três derrotas. Ele contou que ouviu de companheiros que a sua candidatura à Presidência era “fruta passada”.

“Carregador de piano”

A quarta festa para o presidente, no Centro Cultural do Banco do Brasil, teve apresentação do maestro João Carlos Martins, que tocou várias músicas. Ao final da apresentação, Lula ajudou os funcionários da presidência a empurrar o piano e brincou: “sou um verdadeiro carregador de piano”.

Lula disse que ele e o País têm muito a comemorar e afirmou que pretende chegar aos 101 anos já comemorados pelo arquiteto Oscar Niemeyer e dona Canô, mãe de Caetano Veloso.

Em entrevista, à saída da solenidade, falou de sua disposição. “Quando estou em atividade, não me canso. Posso fazer discurso de manhã, à meia-noite, sou movido a motivação. Era assim também no movimento sindical. E não me vejo paralisado sem atividade política”.

Questionado se isso significava que depois que deixasse o governo voltaria à vida pública, riu e desconversou. “Não é isso que estou falando”, afirmou.

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