Lula pode romper tradição na escolha do procurador-geral

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode quebrar uma tradição mantida desde seu primeiro mandato. Integrantes do governo e candidatos à vaga de procurador-geral da República afirmam que Lula poderá não escolher o candidato mais votado pelos procuradores na eleição interna promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), marcada para amanhã.

Três dos cinco candidatos possuem fortes cabos eleitorais e são os favoritos nessa disputa: Wagner Gonçalves, Roberto Gurgel e Ella Wiecko conseguiram apoios importantes durante a campanha, padrinhos que devem fazer a diferença na hora da escolha pelo presidente. Gurgel é apoiado pelo atual procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza; Gonçalves tem o endosso do ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos; Ella Wiecko conta com o amparo do ministro da Justiça, Tarso Genro.

O grau de apadrinhamento dos procuradores pode definir a escolha. O escolhido por Lula deve assumir o cargo no início de julho. De acordo com a Constituição, Lula pode nomear quem quiser dentre integrantes da carreira do Ministério Público com mais de 35 anos para ocupar o cargo de procurador-geral. Desde o início do primeiro mandato, porém, por três vezes seguidas escolheu o mais votado da lista tríplice resultante da eleição promovida pela ANPR.

Ontem, os três debateram suas propostas com outros dois candidatos que correm por fora na disputa: Blal Dalloul, procurador da República em Mato Grosso do Sul, e Eitel Santiago, subprocurador da República. Completa a lista Mario Ferreira Leite, que não participou do debate, esteve afastado do trabalho por problemas de saúde e inicialmente teve a candidatura impugnada.

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