Lula pede voto tcheco na ONU, mas Klaus não responde

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no discurso em que saudou, no Itamaraty, o presidente da República Tcheca, Václav Klaus, convidou-o a um trabalho em conjunto com o Brasil pela reforma do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Lula deu a entender que contava com o voto tcheco na ONU a favor de um assento permanente para o Brasil no CS, mas Klaus, ao discursar em seguida, não fez qualquer referência ao assunto.

“Esperamos trabalhar juntos pela reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse Lula. “Entendo esse gesto (de trabalho conjunto) como um voto de confiança na capacidade brasileira de contribuir para a nova ordem mundial que todos almejamos”, acrescentou.

Na avaliação do presidente brasileiro, os organismos internacionais continuarão “desacreditados” enquanto não houver neles uma “efetiva representação dos países em desenvolvimento”. Disse que, no seu entender, foi a presença desses países no G-20 que o transformou no “principal foro da governança mundial”.

Na mesma linha, o presidente observou: “Com essa convicção, defendemos na OMC (Organização Mundial do Comércio) que a Rodada de Doha assegure aos países mais pobres os benefícios do livre comércio agrícola. Precisamos agora democratizar as instâncias políticas e de segurança.”

Klaus, em pronunciamento, não fala da questão da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Diz que o Brasil é “o maior e mais importante” país da América Latina. “Para nós, parceiro tradicional.”

Acrescenta que a República Tcheca aprecia o “enorme potencial econômico e o desenvolvimento econômico e social de sucesso” do Brasil e que, por isso, o País passa a ser “uma grande potência econômica mundial” e a ter, também, uma “importância crescente na política internacional.”

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