Lula não pára de subir. E Alckmin de cair

Brasília – A 82.ª pesquisa Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada ontem mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria no primeiro turno se as eleições fossem realizadas hoje. Em relação à pesquisa de abril, Lula e a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) subiram e os ex-governadores Geraldo Alckmin e Anthony Garotinho caíram. Segundo o cientista político Ricardo Guedes, do Sensus, Lula venceria no primeiro turno em todas as simulações.

A pesquisa mostra também que rejeição ao presidente baixou em maio, enquanto a do ex-governador paulista Geraldo Alckmin aumentou. Nas simulações de primeiro turno, Lula teria, no primeiro cenário, 40,5% das intenções de voto, o tucano Geraldo Alckmin, 18,7%, o ex-governador Anthony Garotinho, 11,4%, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) , 6,1%. Indecisos, brancos e nulos somariam 23,4%. Em abril, o presidente tinha 37,5% das intenções de voto; o tucano 20,6%; e Garotinho, 15%.

Na segunda simulação, Lula teria 42,1% dos votos, Alckmin, 19,3%, Heloísa, 8,7%, Itamar Franco, 6%. Indecisos, brancos e nulos teriam 24%. Na lista 3, Lula teria 41,9% dos votos, Alckmin, 20,8%; Heloísa, 8,3%, o vice-presidente José Alencar, 3,8%. Indecisos, brancos e nulos teriam 25,4%. Na lista 4, Lula teria 40,9%; Alckmin, 18,5%; Garotinho, 7,9%; Heloísa, 6,8%; Enéas Carneiro (Prona), 1,8%; Roberto Freire (PPS), 1,5%; Cristovam Buarque (PDT), 0,5%; José Maria Eimael, 0,5%. Indecisos, brancos e nulos somariam 21,9%.

Na quinta simulação, a mais provável de se confirmar, Lula teria 42,7% dos votos; Geraldo Alckmin, 20,3; Heloísa, 8%; Freire, 2,6%; Enéas 1,6%; Eimael, 0,7%; Cristovam, 0,5%; Indecisos, brancos e nulos somariam 23,9%.

Já nas simulações de segundo turno, as intenções de voto em Lula sobem em relação a todos os adversários, com exceção do cenário em que a adversária do petista é a senadora Heloísa Helena.

Nesse caso, as intenções de voto dos dois mantêm-se estáveis. De acordo com a pesquisa, se as eleições de outubro forem para o segundo turno, Lula venceria o ex-governador Geraldo Alckmin com uma diferença de 17,5 pontos. Na primeira simulação, Lula teria 48,8% dos votos, contra 31,3% do tucano. Indecisos, brancos e nulos somariam 20%.

Na segunda simulação, Lula teria 52,8% dos votos, contra 20,4% do ex-governador do Rio Anthony Garotinho. Indecisos, brancos e nulos teriam 27%. Na lista três, Lula teria 52,5%, contra 20,3% da senadora Heloísa Helena (PSOL-AL). Indecisos, brancos e nulos somariam 27,2%. No quarto cenário, Lula teria 54,3%, contra 19,2% do ex-presidente Itamar Franco. Indecisos, brancos e nulos chegariam a 26,6%. Na lista cinco, Lula teria 55,3%, contra 15,8% do vice-presidente José Alencar. Indecisos, brancos e nulos somariam 29%.

A margem de erro da pesquisa CNT/Sensus é de 3 pontos percentuais para cima ou para baixo. Foram entrevistadas 2 mil pessoas entre os dias 18 e 21 de maio, em 195 municípios do país. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral.

O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, adotou uma postura cautelosa ao analisar os números da pesquisa CNT/Sensus. "É um quadro que não é fixo. O presidente Lula sequer apresentou sua candidatura. Quando o fizer, e eu espero que o faça, o quadro político vai ficar mais nítido. A campanha sequer começou", afirmou Genro a jornalistas.

As declarações foram dadas pelo ministro após ele participar de encontro no Senado com o líder do PSDB na Casa, Arthur Virgílio (AM), que, por sua vez, minimizou o desempenho apresentado por Lula e disse ter ficado otimista com o fato de o presidente não superar os 40% de intenções de voto. "O presidente Lula não passa, em nenhuma das hipóteses, do patamar dos 40% em relação ao primeiro turno. Já sobre o segundo (turno) em nenhuma das suposições ele atinge os 50%", argumentou o tucano.

"Nosso objetivo é buscar essa massa que rejeita o Lula", disse o tucano, considerando rejeição ao presidente os percentuais das intenções de voto que não vão para ele. Segundo Tarso e Virgílio, o encontro teve o objetivo de marcar uma retomada do diálogo entre governo e PSDB. As relações foram abaladas em função de declarações dadas à imprensa pelo ministro, nas quais ele atacou Alckmin.

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