Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil

Lula venceria em primeiro turno.

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Em seu primeiro avanço vigoroso, o candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, subiu 6,9 pontos porcentuais na simulação de primeiro turno da pesquisa CNT/Sensus, chegando a 27,2%. Eram 20,3% em maio. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também subiu 3,6 pontos, chegou a 44,1% (42,7% em maio) e ainda venceria no primeiro turno, embora com uma margem bem mais estreita. Para Ricardo Guedes, diretor do Sensus, Alckmin ?se transformou num candidato competitivo?.

Alckmin, em maior margem, e Lula foram beneficiados por três fatores, segundo Guedes: a redução do índice de indecisos; a divisão do espólio de Anthony Garotinho (PMDB), Roberto Freire (PPS) e Enéas Carneiro (Prona), que saíram da disputa; e, por fim, uma exposição pública mais intensa de ambos. Desde janeiro, Lula cresceu apoiado na publicidade oficial massiva e na grande visibilidade que os eventos lhe deram; em junho, Alckmin foi ajudado pelos programas e pelas inserções publicitárias do seu partido.

Primeiro turno

A pesquisa apontou que Lula venceria Alckmin no primeiro turno, com 55% contra 34% dos votos válidos (56,1% a 26,7% em maio). A senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) ficou com 5,4% (8% em maio) e o senador Cristóvam Buarque (PDT-DF), 1,4% (0,5% antes).

Os efeitos negativos que abalaram um e outro – corrupção e crise da Bolívia (contra Lula), e as rebeliões da facção criminosa PCC (contra Alckmin) – foram processadas pelo eleitorado, disse Guedes.

Alckmin cresceu em todas

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as regiões, menos no nordeste, onde ficou estável. Mas seu movimento maior foi no Sudeste, onde subiu 10 pontos porcentuais (de 33,9%, em maio, para 43,9%, agora).

Lula caiu 4,2 pontos no norte/centro-oeste e alguns  décimos, dentro da margem de erro, no sudeste, crescendo um pouco no sul e no nordeste.

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Todos esses números serão, agora, submetidos à síndrome de abstinência de exposição pública: até 15 de agosto, quando começa a propaganda eleitoral gratuita, os candidatos tentarão elevar seus índices apenas com os comícios e eventos e com as aparições no  noticiário normal da mídia.

Voto social

Brasília – Mais da metade dos eleitores brasileiros (53,6%) é beneficiária de programas sociais do governo federal ou conhece alguém que é beneficiado, revelou a pesquisa CNT/Sensus. Os programas sociais influenciam a escolha do candidato – no caso, o presidente Lula, cujo governo provê o benefício – opinaram 58,7% dos eleitores. Só 3,1% são beneficiários dos programas de bolsa de estudo para o ensino superior, mas 53,9% dizem que esses programas também influenciam o voto.