O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou hoje, em entrevista à Rádio Banda B, logo que chegou a Curitiba, a máquina fiscalizadora do Estado, reclamando que muitas vezes ela não permite que as obras aconteçam. “Sou favorável a toda e qualquer fiscalização que façam, até 24 horas, via satélite. Acontece que as coisas são complicadas. Muitas vezes as pessoas levantam suspeitas de uma obra, paralisa a obra e só depois da obra paralisada chega a conclusão que está correta. Quem paga o prejuízo da obra paralisada? Não aparece. O povo brasileiro paga porque não tem obra”, disse.
Segundo ele, é preciso encontrar “novos mecanismos” de fiscalização. “Temos uma máquina de execução frágil e mal remunerada e temos uma máquina de fiscalização altamente modernizada. Há um descompasso e é preciso um ajuste para as obras poderem andar.” As palavras de Lula foram ditas antes de ele chegar à Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), em Araucária, na região metropolitana da capital paranaense, onde inaugura a primeira etapa das obras de modernização e ampliação, que devem se encerrar somente em 2012.
Estas obras estão entre as quatro da Petrobras que o Tribunal de Contas da União (TCU) recomendou que não houvesse continuidade por suspeita de superfaturamento, problemas na licitação e projeto. Mesmo assim, Lula não deixou que fossem feitos cortes no orçamento para este ano. A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, acompanha o presidente.