Lula fará campanha seis dias por semana

Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Lula e a primeira-dama Marisa: presidente só não fará campanha nas quintas-feiras. Os outros dias serão dedicados à reeleição.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de atividades de campanha seis dias por semana, a partir do horário eleitoral gratuito, em 15 de agosto. Na agenda preparada pelo comitê da reeleição há 48 eventos previstos com a participação de Lula até o primeiro turno, em 1.º de outubro. O único dia da semana em que ele será presidente em tempo integral da manhã à noite, é quinta-feira. Mesmo assim, viajará para participar de ?vistorias? de obras.

?Se nas campanhas anteriores, quando o PT era oposição, a demanda pela presença de Lula nos eventos era três vezes superior ao que ele podia cumprir, imagine agora?, afirmou César Alvarez, coordenador da agenda de campanha. Pelo cronograma estabelecido, Lula reunirá o conselho político de sua campanha toda segunda-feira depois do expediente no Palácio do Planalto, que nesse dia terminará mais cedo, às 17h. O conselho é formado pelos partidos que lhe dão sustentação no Congresso – PT, PC do B, PSB, PMDB, PL, PTB e PRB.

Nas noites de terça, o presidente viajará pelo País em campanha. As quartas, também à noite, serão dedicadas a atividades em Brasília. Quinta-feira ele terá compromissos exclusivamente como presidente. A Lei Eleitoral impede que participe de inaugurações, mas a proibição pode ser driblada com inspeções de obras fora de Brasília. Por fim, de sexta à noite até domingo Lula fará caminhadas, comícios e se reunirá com políticos. Serão quatro eventos somente no fim de semana.

Na tarde de anteontem, uma reunião no comitê petista mostrou que, na prática, é mesmo ?quase inseparável? ser presidente e candidato, como disse Lula no sábado, em Porto Alegre. O chefe do cerimonial da Presidência, embaixador Paulo César de Oliveira Campos, e o responsável pela segurança do Planalto, general Gonçalves Dias, participaram do encontro. A segurança foi um dos temas discutidos. ?Jamais se diminuirá o nível de segurança do presidente porque ele está na condição de candidato, mas, na dúvida, toda a estrutura da Presidência ficará na retaguarda, atrás do palco nos comícios?, disse Alvarez.

À noite, na segunda reunião do conselho político da campanha, no Alvorada, o marqueteiro João Santana reafirmou que há ?grande identificação? das camadas mais pobres e da classe média baixa com o presidente. Foi exatamente por isso que Santana criou o slogan ?Lula de novo. Com a força do povo?.

?Isso se sobrepõe a outras questões políticas?, afirmou o ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, admitindo, porém, que a questão ética continua sendo um ?ponto-chave? para o PT. ?Pelas informações, o presidente já tem 78% dos votos de um contingente que não renuncia a votar nele. Então, precisamos dar solidez a esse apoio?, comentou Tarso.

Tucanos

Os candidatos a presidente Geraldo Alckmin (PSDB), da Coligação Por um Brasil Decente (PSDB-PFL), e a governador de São Paulo José Serra (PSDB), da Coligação Compromisso com São Paulo (PSDB-PFL-PTB-PPS), e o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, candidato da Coligação Minas Não Pode Parar (PSDB-PP-PTB-PSC-PL-PPS-PFL-PAN-PHS-PSB) à reeleição, definiram ontem, em reunião realizada na capital paulista, uma estratégia conjunta para atacar as principais questões que o País enfrenta, principalmente, nas áreas da segurança pública e desenvolvimento.

No planejamento determinado por Alckmin, Serra e Aécio, estão o descontingenciamento dos Fundos Nacionais de Segurança e Penitenciário, a integração dos serviços de inteligência das polícias dos dois estados, a descentralização dos investimentos, sobretudo os da área de infra-estrutura, a troca de experiências bem-sucedidas entre os governos de Minas Gerais e São Paulo e ações conjuntas em prol de uma política de crescimento para o País.

O encontro, que aconteceu no comitê de campanha do candidato a governador da Coligação Compromisso com São Paulo, não durou mais do que 15 minutos. 

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