Antes de se reunir com a presidente Dilma Rousseff e vários ministros petistas, em almoço no Palácio da Alvorada na terça-feira, 14, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Lula vinha fazendo críticas ao ministro por causa da política de austeridade fiscal imposta, situação que o ex-presidente considerava estar prejudicando a popularidade de Dilma.
Depois da conversa com Levy, Lula saiu mais convencido da necessidade de tentar ajustar as contas públicas, neste momento, para que o governo possa respirar aliviado no futuro. A conversa teria levado Lula a pensar em mudar o tom das críticas à atual política econômica, como também a tentar pedir unidade aos petistas na defesa das medidas, que representam um projeto de governo.
Lula teria pedido também que seja apresentada dentro de pouco tempo uma luz para o período após o ajuste, de forma a dar esperanças a todos sobre o futuro. Segundo o ex-presidente, isso facilitaria o convencimento de que o País passa por uma fase que passará logo, assim que as medidas fiscais forem aprovadas no Congresso e começarem a apresentar resultados.
O ex-presidente quer que Dilma comece a falar do futuro. Acha que isso deve ser feito em viagens não só da presidente, mas de seus ministros e também de parlamentares. Lula acredita que todos devem e podem defender melhor os programas do governo como os de logística, safra e de proteção ao emprego.
Ele quer que sejam apresentadas todas as “agendas positivas” do governo, salientando que “são inúmeras”. Lula disse que assim que Dilma e os ministros começarem a viajar pelo País, ele também fará o mesmo, para ajudar nessa ação de divulgação das medidas e de defesa do governo.
Depois o presidente Lula disse à presidente Dilma e aos ministros presentes à reunião no Palácio da Alvorada precisam mobilizar as suas bases para “reverberar” as ações governamentais por todo o País. Defendeu também que todos precisam também se empenhar, junto às suas bancadas, para ajudar na aprovação das medidas essenciais para o governo no Congresso.