Lula espera contar com Requião no Paraná

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou a frente da articulação política com o PMDB para garantir o engajamento dos quatro governadores já eleitos pelo partido na campanha da reeleição e fechar parceria com cinco dos seis peemedebistas que irão disputar o segundo turno. O governador licenciado do Paraná está neste grupo. ?Com (Roberto) Requião (que disputa a reeleição ao governo do Paraná) eu me entendo. Gosto muito do Requião?, disse Lula, apostando no entendimento com o PMDB paranaense.

Em conversa ontem à tarde com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o candidato do PMDB ao governo da Paraíba, senador José Maranhão, Lula comprometeu-se a enquadrar o PT local e a trabalhar pessoalmente para eleger o aliado governador, de olho na governabilidade de seu eventual segundo mandato.

O encontro para fechar o acordo com o PMDB paraibano ocorreu no Palácio da Alvorada. Além de garantir o voto dos petistas, que ameaçavam apoiar a reeleição do governador tucano Cássio Cunha Lima (PB), o presidente prometeu convocar os prefeitos aliados para ajudar Maranhão. Como a idéia do Planalto é costurar a base de apoio do futuro governo ao mesmo tempo em que amarra os compromissos eleitorais do segundo turno, o PMDB aproveitou a conversa para mostrar sua força política no Congresso e em todo o país.

Tanto na reunião de ontem como na que tivera na véspera com o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), Lula revelou-se disposto a ampliar ao máximo a parceria com o PMDB nos estados, inclusive com aqueles que apoiaram seu adversário Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno.Vai procurar até o governador eleito do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), que apoiou o adversário tucano Geraldo Alckmin no primeiro turno.

A exceção será o senador Garibaldi Alves (PMDB), candidato ao governo do Rio Grande do Norte. Lula avisou que, neste caso, ficará mesmo com a reeleição da governadora Vilma Maia (PSB-RN). Também avaliou-se na conversa que a neutralidade prometida pelo governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), que ficou fora do segundo turno no estado, é ponto positivo para o Planalto.

Além de Renan e José Maranhão, também participaram da reunião no Alvorada o deputado Eunício Oliveira (PMDB-CE) e a nova bancada federal do PMDB paraibano. Os peemedebistas mostraram a Lula levantamento sobre o desempenho eleitoral do partido, que teve sua melhor votação desde 1986 e que, por isto mesmo, é essencial à estabilidade política de qualquer governo.

Depois de eleger o maior número de prefeitos em 2004, o PMDB sai das urnas dono das maiores bancadas da Câmara e do Senado. Afinal, além dos 89 deputados federais, o partido tem 13 senadores com mandato até 2011 e quatro recém-eleitos. Mas isto não é tudo. O senador Leomar Quintanilha (TO), que mudou-se para o PC do B por questões locais, já está de malas prontas para voltar ao PMDB e, se aliados do Planalto aos governos do Maranhão e Santa Catarina forem eleitos, o partido poderá ganhar mais senadores. É que tanto o suplente da senadora Roseana Sarney (PFL-MA), quanto o do senador Leonel Pavan (PSDB-SC), candidato a vice na chapa do governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), são peemedebistas.

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