Logo após a revelação do enriquecimento do ministro Antônio Palocci, a oposição decidiu pedir explicações ao ministro da Casa Civil. Entrou com pedido de investigação na Procuradoria-Geral da República e requerimentos para convocá-lo a comparecer ao Congresso. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu explicações a Palocci. A defesa do ministro foi entregue no começo da semana que passou sob a expectativa de que não haja pedido de abertura de inquérito contra ele. Gurgel deve se manifestar em até 15 dias.

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Depois de fracassar na primeira semana da crise, a oposição conseguiu aprovar a convocação de Palocci para falar na Câmara dos Deputados.

Numa sessão tumultuada, um requerimento foi aprovado simbolicamente na Comissão de Agricultura. A base aliada do governo contestou a votação e conseguiu convencer o presidente da Casa, o petista Marco Maia (RS), a suspendê-la temporariamente. A expectativa governista é a de que Maia anule a votação sob o argumento de que a sessão feriu o regimento interno, as regras da Câmara.

Acuado pela oposição, Palocci não conseguiu apoio nem no próprio partido, o PT. Na quinta, a Executiva Nacional da sigla reuniu-se em Brasília, mas negou-se a divulgar uma carta de apoio ao ministro. Logo no começo do escândalo, parlamentares petistas já cobraram explicações públicas por parte do ministro. Para estancar a pressão, ele chegou a se reunir com a bancada de senadores do PT.

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para Brasília para articular a favor de seu aliado. Pediu apoio de petistas e do governo para segurar Palocci. A crise piorou com o episódio da votação do novo Código Florestal no Congresso, em que o PMDB contrariou a posição da presidente Dilma. Palocci e o vice-presidente da República, Michel Temer, chegaram a bater boca pelo telefone. Publicamente, Dilma ainda não se manifestou. Apenas exigiu que Palocci desse explicações públicas sobre o caso.