Lula elogia ousadia de Juscelino Kubitschek

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou nesta sexta-feira (12) durante o discurso em comemoração dos 106 anos do nascimento do ex-presidente Juscelino Kubitschek, a ousadia e a nova forma de gestão política imposta pelo ex-presidente.

“Foi JK (Juscelino Kubitschek) quem conscientizou o país de que o desenvolvimento nacional é uma prerrogativa nacional intransferível de um povo, e sobretudo que com ousadia e planejamento é possível fazer do amanhã algo muito além de uma simples repetição do presente”, afirmou.

O presidente Lula disse que foi o ex-presidente quem começou a desenvolver a indústria brasileira, trazendo fábricas de automóveis e refinarias de petróleo para o país.

O presidente lembrou que no fim da década de 50 fabricar carros no Brasil era uma ousadia reprovada pelos defensores da vocação agrícola nacional, que eram importados 90% do petróleo consumido, que praticamente não havia mão-de-obra qualificada e que o setor de crédito engatinhava.

“Hoje somos auto-suficientes em petróleo, 13.500 veículos saem das linhas de montagem por dia, mais de 300 mil brasileiros trabalham nas montadoras e no setor de autopeças. Do chão da fábrica também saiu um presidente da República, em mais uma evidência da semeadura generosa promovida pelo desassombro de JK”, afirmou.

Lula destacou que uma das metas do Plano de Metas de JK dizia respeito ao aumento do frota naval. “A meta número 11 do Plano de Metas de Juscelino era a renovação da Marinha Mercante brasileira. A meta número 28, previa a implantação de uma indústria naval condizente com a nossa riqueza costeira e oceânica”, lembrou.

O presidente também frisou que na década de 70 o Brasil tinha a segunda maior indústria naval do mundo e só perdia para o Japão. Os estaleiros brasileiros empregavam quase 40 mil pessoas. Em 2003, disse Lula, essa indústria tinha 1.600 trabalhadores e agora conta novamente com 40 mil trabalhadores.

“Com a descoberta do petróleo (na camada pré-sal), nós certamente iremos ter mais do que os 40 mil trabalhadores que temos hoje, porque só de navios contratados pela Petrobras são 200, sondas serão inicialmente 38 e plataformas dezenas. Certamente Juscelino está sorrindo pelo que está acontecendo aqui”, afirmou.

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