Lula e o PT definem rumos para eleição

O presidente estadual do PT, André Vargas, participa hoje, em São Paulo, de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante o primeiro dia do encontro do diretório nacional do PT, que será realizado até o próximo domingo, dia 2. Lula, que andava meio afastado das discussões partidárias desde a crise do ano passado, quando caiu a cúpula do PT, irá conversar com os presidentes dos diretórios estaduais do PT sobre o andamento das candidaturas e alianças partidárias nos estados e ainda sobre o programa de governo que está sendo discutido.

Antes da conversa com os dirigentes do partido nos estados, Lula será recebido pelos integrantes do diretório, que já programaram um ato para convocá-lo a concorrer novamente à presidência da República. "Nós vamos fazer um apelo a ele. Todos nós, presidentes estaduais e a direção nacional, só temos uma pergunta a fazer: se ele vai concorrer à reeleição. Nós vamos fazer um apelo a ele. Não precisa ser agora, mas que aceite nosso apelo no tempo adequado, até a convenção", disse Vargas.

Segundo o presidente estadual do PT, o roteiro do diretório nacional prevê uma apresentação ao presidente do panorama das candidaturas do partido nos estados. No caso do Paraná, Vargas insiste que o quadro é estável e imutável. Segundo o presidente do partido, a pré-candidatura de Flávio Arns ao governo é irreversível, assim como a decisão de não se aliar ao PMDB, mesmo que o partido desista da candidatura própria à presidência da República e resolva apoiar uma possível candidatura de Lula à reeleição.

Na avaliação do presidente estadual do partido, nem mesmo a possibilidade, hoje tida como remota, de o governador Roberto Requião (PMDB) se reconciliar com o palanque de Lula – afinal, o governador do Paraná esteve nele em todas as campanhas do presidente petista – sensibiliza a direção do partido no estado para uma reaproximação.

"O que eu tenho dito à direção nacional, ao Berzoini, (presidente nacional do PT), é que nós não vamos atrapalhar esse processo. Se o Requião quiser apoiar o Lula, nós não seremos impedimento. Mas cada um no seu palanque", afirmou Vargas, que diz ter quase a unanimidade do partido no estado alinhada à essa posição.

Vargas afirmou que o palanque da reeleição do presidente está garantido com a candidatura de Arns. "Agora, ele pode ter dois palanques. O nosso e o do Requião, se o governador quiser. Ele é que tem que dizer", afirmou.

Alianças

No encontro deste final de semana, os petistas vão discutir as alianças que farão para a sucessão presidencial e nos estados. Por enquanto, o arco das coligações é formado por PSB, PL e PcdoB. "Como no PT, as alianças sempre foram verticalizadas, não só a partir deste ano, no estado, nós devemos ficar nesse desenho", afirmou.

Vargas afirmou que o partido já fez uma rodada de conversas com os três partidos. E não quis comentar as declarações do novo presidente do PL, Vitor Hugo Burko, afirmando que será candidato ao governo e que está pedindo o apoio do PSDB, PFL e PDT. "Vamos ver como vai ficar", disse.

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