O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que quer “legalizar, definitivamente”, a Amazônia. “Quanto mais desmatamento houver, quanto mais queimadas houver, menos qualidade de vida terão os nossos filhos”, afirmou, no programa semanal de rádio “Café com o Presidente”.
No entanto, disse, o Brasil “dá lições” ao mundo sobre o que fazer para reduzir as queimadas e o desmatamento. Ele disse que os números mostram que o País está no caminho certo. Em 2008, o Brasil reduziu em mais de 45% o desmatamento, reprimindo a impunidade ambiental e tirando o crédito dos desflorestadores, declarou, no Aeroporto Internacional de São Paulo Governador André Franco Montoro, em Cumbica, Guarulhos, na Grande São Paulo, antes de embarcar para El Salvador, onde assiste hoje à cerimônia de posse do novo presidente, Maurício Funes, em San Salvador.
Nos últimos seis anos, garantiu, o Brasil criou 25 milhões de hectares de áreas de conservação na Amazônia, que fazem parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação. Esses locais, segundo o presidente, visam, “pura e simplesmente”, a proteção da biodiversidade e a manutenção do ecossistema do País.
Conforme Lula, os principais beneficiários dessas unidades são as populações residentes nessas áreas, como as tradicionais indígenas, extrativistas, visitantes e pesquisadores. O presidente mencionou, entre outras ações ambientais do governo, a homologação de 10 milhões de hectares de terras de índios, como as da Reserva Raposa Serra do Sol, a sanção da Lei de Gestão de Florestas Públicas e a criação do Serviço Florestal Brasileiro, entre outros. Lula reforçou também o apoio ao Protocolo de Kyoto, como forma de contribuir para o combate à mudança climática.