Lula deve nomear na Embrapa primo de Eduardo Campos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve nomear amanhã o agrônomo geneticista Pedro Arraes como novo presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele é primo do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). A Embrapa está sem presidente desde março, quando o físico Sílvio Crestana se demitiu. Arraes é funcionário de carreira da estatal e ocupa, pela segunda vez, o cargo de chefe da Embrapa Arroz e Feijão, em Santo Antonio de Goiás, na região metropolitana de Goiânia.

Embora o parentesco com o governador, a escolha de Arraes é técnica – e não política. Tanto é que o presidente Lula, desta vez, decidiu escolher o novo presidente da Embrapa sem consultar nenhum partido, nem o mesmo o PT, que foi padrinho de Crestana. Arraes tem 56 anos, é Ph.D em Genética e Melhoramento de Plantas e está na Embrapa há 29 anos. Dirigiu o Labex, o Laboratório virtual da Embrapa nos Estados Unidos entre 2003 e 2007.

A escolha de Arraes não agrada ao PT, que defendia um nome ligado aos deputados Pedro Eugênio e Fernando Ferro, ambos de Pernambuco. Eles queriam a indicação do também geneticista José Geraldo Eugênio, que foi secretário de Agricultura de Eduardo Campos no governo de Pernambuco. O ex-ministro Delfim Netto, conselheiro informal de Lula, defendeu junto ao presidente a nomeação de Arraes, por considerar que é o nome mais categorizado entre os que constam numa lista tríplice como candidatos à presidência da Embrapa. Os outros dois são Dante Scolari e Élsio Figueiredo.

A Embrapa é uma das estatais brasileiras de maior credibilidade tanto no País quanto no exterior. Seu orçamento para este ano é de R$ 1 bilhão. Está em fase de expansão e deverá abrir três novas unidades até 2010.

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