O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que não haverá “palanque duplo” na campanha presidencial da ministra-chefe da Casa Civil e provável candidata do PT, Dilma Rousseff, nos Estados onde PT e PMDB não chegarem a um acordo para lançar um candidato único ao governo.
A declaração foi dada ao lado do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), que é candidato à reeleição e pode enfrentar José Orcírio dos Santos, conhecido como Zeca do PT.
“Se em algum Estado não houver possibilidade de construir uma aliança política, o que vai acontecer é que o presidente da República não participará da campanha naquele Estado”, disse Lula. “Não acredito muito na história de dois palanques, não é possível que uma pessoa possa vir a um Estado e fazer um palanque aqui e outro ali.”
O presidente citou os casos de Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Pernambuco como exemplos de locais onde as negociações entre os partidos estão “difíceis”. “Primeiro vamos resolver a questão nacional, depois as regionais”, afirmou. O presidente viajou hoje a Três Lagoas (MS), onde visitou fábricas das empresas Fibria e International Paper, de celulose e papel, respectivamente.
Mensalão do DEM
Sobre a crise em Brasília, Lula negou que tenha aconselhado o governador em exercício do Distrito Federal, Paulo Octávio (DEM), a permanecer no cargo. “A única coisa que eu disse para ele é que o governo federal não pode tomar nenhuma decisão enquanto a Suprema Corte não decidir o que vai acontecer (em relação a uma possível intervenção federal). O presidente da República não pode dar palpite.”
