Ao elogiar a gestão do governador fluminense Sérgio Cabral (PMDB), reeleito no primeiro turno, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma referência indireta à necessidade de continuidade de seu próprio governo, citando a intenção de estender a experiência das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) para todo o País. “Se Deus quiser, vamos fazer nas favelas de todos os Estados brasileiros”, declarou o presidente, na cerimônia de batismo da plataforma da Petrobras P-57, em Angra dos Reis, no sul do Estado do Rio de Janeiro.

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Lula, no entanto, confundiu as comunidades onde há UPPs instaladas com outras que só receberam obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Lógico que tem criminoso, bandido, mas eu estou convidando vocês a subirem comigo e com o Sérgio a favela de Manguinhos, o Complexo do Alemão, o Pavão-Pavãozinho”, discursou o presidente. Destas, somente o Pavão-Pavãozinho tem UPP e o Alemão é considerado o maior reduto de tráfico de drogas e de criminosos armados do Rio.

 

O presidente destacou a nova forma de atuação da polícia nas áreas pacificadas, em parceria com os moradores. “Nós estamos dizendo para aquele povo de lá: ‘Não vamos mandar a polícia apenas para bater. A polícia vai vir para cá para bater em quem tem que bater, proteger quem tem que proteger. O Estado tem que trazer para cá educação, emprego, decência’. É o que nós estamos fazendo em todas as favelas do Rio de Janeiro”, disse.

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Lula brincou com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), que deixa o governo em dezembro e não se candidatou a nenhum cargo com mandato. O presidente deu a entender que, se a petista Dilma Rousseff for eleita sua sucessora, Hartung teria uma vaga no governo. “Vamos depois discutir na vida o que esse companheiro vai fazer”, afirmou Lula.

“Certamente será meu ajudante nas pescarias que o Sérgio Cabral vai arrumar para a gente, quando a gente não tiver mais o que fazer”, brincou. Antes da cerimônia, Lula visitou durante mais de uma hora a P-57, conversou com operários e posou para fotos.

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