Lula compara seus críticos às “aves de mau agouro”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou os críticos de seu governo a "aves de mau agouro". Durante a cerimônia de assinatura do projeto de construção da ferrovia Transnordestina em Fortaleza (CE), ele disse que quer fazer muito mais pelo Brasil e ressaltou: "Mas também temos aqueles que não querem que as coisas dêem certo".

Lula lembrou ainda que, na época da campanha presidencial, economistas o avisavam que o País tinha muitos problemas, mas, mesmo assim, ele decidiu assumir o desafio. "Se o Brasil está assim, por que vocês querem que eu seja candidato a presidente? Se o país vai quebrar, por que eu vou pegar esse abacaxi? Agora, como eu gosto de abacaxi, minha fruta predileta, eu vou pegar esse abacaxi e vou provar que a gente pode consertar esse abacaxi e fazer uma coisa bem digerível", contou.

Ele disse que o Brasil não vai jogar fora essa chance de democracia. "Não vale a pena a gente pensar de forma otimista todos os dias." E também pediu desculpas ao povo brasileiro pela mediocridade política do Brasil. "Uma boa parte da nossa classe política não consegue pensar o País fora dos quatro anos de mandato. E governam pensando em reeleição."

Lula acredita que o Brasil está vivendo um momento bom. "Eu quero muito mais! Mas também existem aqueles que querem que as coisas não dêem certo. Há aqueles que torcem para que os que ganham a eleição não consigam fazer nada", afirmou o presidente. "Nós tivemos coragem de plantar uma semente, mesmo sabendo que não iríamos colher. Não se pode pensar em imediatismo, por isso que o Brasil não conseguiu se desenvolver", disse Lula. "Por isso, não quero vender o otimismo de que está tudo pronto. A história de uma nação não se constrói em uma década ou em um século."

"Sempre acreditei que era preciso pensar o Nordeste nos próximos 20, 30 anos. Em Brasília, os especialistas sempre dizem que não há viabilidade econômica para essa região do País. Mas esse não é o papel do estado! Precisamos pensar globalmente e regionalmente. Precisamos fazer investimentos em alguns locais, mesmo que se saiba que o retorno é de longo prazo", afirmou Lula.

Ao longo do desenvolvimento do País algumas regiões foram privilegiadas. Por isso, Lula afirmou que os estados mais ricos podem andar por suas próprias pernas, enquanto os mais pobres têm que ter mais apoio da União.

Lula diz que o governo dele está fazendo uma pequena revolução. "O Brasil tem que entender que o projeto de transposição do rio São Francisco é essencial para a região. È um projeto que vai transformar o nordeste brasileiro não em alguma coisa melhor, mas em algo igual ao resto do País."

O Biodiesel foi outro projeto citado pelo presidente. Ele disse que esse é um projeto de sua predileção e que poderá gerar muitos empregos no plantio da mamona. Lula disse que para se ter idéia da importância do assunto, no almoço que teve com o presidente Bush em sua residência, 80% da conversa rodou em torno do biodiesel. "Disse a ele que aqui temos a mamona, gente boa para trabalhar… aqui é mais amor esse País."

O presidente também exaltou a Petrobrás. "O presidente da Petrobrás deveria ser eleito pelo voto direto. Vai ter dinheiro para gastar assim!" 

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