Na reta final antes da despedida da ministra da casa Civil, Dilma Rousseff, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai dedicar boa parte do seu tempo a ajudar na campanha da sua candidata à sucessão no Planalto. Dos cinco dias úteis desta semana, Lula estará três deles com Dilma a tiracolo pelo País e nos outros dois se dedicará às discussões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2. Lula quer lançar a segunda etapa do PAC no dia 29, cinco dias antes da data-limite para a saída de Dilma do cargo.
Na tarde de ontem, houve mais uma rodada de reuniões do programa, mas o governo evita detalhar os projetos que quer deixar assegurados no Orçamento da União do ano que vem porque quer lançá-lo com uma grande festa, para inflar a candidatura de Dilma. Originalmente, a reunião trataria de energia, transportes e portos. Mas a agenda de energia foi transferida para amanhã, quando Lula dedicará todo o seu dia a nova reunião de avaliação do programa.
A ideia do presidente e de assessores é que Dilma deve aproveitar – com as viagens e decisões em relação ao PAC – o espaço no noticiário que a oposição, sem candidato formal, não consegue preencher. O Planalto está convencido de que Dilma deve exibir ao máximo o rosto de candidata e não esperar pelo anúncio oficial da candidatura do governador paulista, o tucano José Serra. Lula orientou a ministra a aumentar, neste mês, a exposição pública em eventos.