Lula cogita Samek. Mas PDT quer Gleisi Hoffmann

O diretor-geral da Usina de Itaipu, Jorge Samek, poderá deixar o cargo até o próximo sábado para ficar à disposição do presidente Lula na montagem da chapa da aliança de apoio, no Paraná, à candidatura da ministra Dilma Rousseff à presidência da República. Samek seria uma das opções do PT para oferecer como candidato a vice-governador ao senador Osmar Dias, pré-candidato do PDT ao governo do Paraná. Samek estava desde ontem em Brasília, onde conversaria com o presidente da República sobre a possibilidade.

Samek disse a O Estado que, quando esteve em Araucária há duas semanas, o presidente o consultou sobre a disposição de concorrer nas eleições deste ano. Mas, se deixar o cargo, Samek disse que será apenas uma medida preventiva, caso seja necessário, lá na frente, assumir uma candidatura. “Esse é o chamado instituto da precaução. O presidente trabalha com todas as possibilidades. Se eu me afasto, eu saio do impedimento, mas não significa candidatura. É só para uma situação de necessidade. Ele me consultou e eu disse “sou do time, presidente””, justificou.

Para o diretor da Usina de Itaipu, que trocou o mandato de deputado federal em 2003 para assumir a empresa, o esforço é para reproduzir no Paraná a aliança nacional nas eleições de outubro. Ele assinalou que, até que se definam as posições, a ex-presidente estadual do PT Gleisi Hoffmann continua sendo a pré-candidata do partido ao Senado. “A Gleisi tem uma boa performance nas eleições, está bem nas pesquisas de intenções de votos e é o nosso grande nome para o Senado. Mas é claro que todo este processo ainda está em conversação”, disse Samek.

Ele lembrou que o PP também tem um pré-candidato ao Senado, o deputado federal Ricardo Barros, assim como outro aliado nacional, o PMDB, onde o governador Roberto Requião também concorre. “Como temos duas vagas e três pretendentes, um dos partidos terá que assumir a vaga de vice. Mas vamos continuar conversando”, observou.

Ontem, a direção estadual do PT confirmou o cancelamento da reunião do diretório estadual no próximo dia 10, que havia sido convocada para definir a posição do partido na eleição, se faria aliança ou lançaria candidato próprio. Neste dia, o PT esperava receber a proposta do senador Osmar Dias para a aliança. Mas os petistas resolveram dar mais um tempo para a costura que o presidente Lula está fazendo com os partidos da sua base.

Não serve

No PDT, a disposição não mudou. A preferência é por Gleisi como candidata a vice-governadora. E o motivo é simples. Além de ter potencial eleitoral, ela seria a garantia de que o PT não abandonaria o PDT sozinho na campanha. E além de tudo, deixaria o campo livre para Ricardo Barros (PP) e a composição com Requião. “Tudo o que foi conversado com o PT é tendo a Gleisi como a vice”, disse o deputado Fernando Scanavaca, integrante do diretório regional.

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