O PT divulgou nesta terça-feira (9) um bilhete escrito pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e enviada ao deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) em que parabeniza o parlamentar pela atuação na audiência na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara sobre a reforma da Previdência. Na ocasião, o filho do ex-ministro José Dirceu disse que o ministro da Economia, Paulo Guedes, é “tchutchuca” com os ricos e “tigrão” com os mais pobres.

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“Estou muito orgulhoso da bancada do PT, que teve um papel extraordinário no debate sobre a previdência (sic) com o Guedes, ‘o destruidor dos pobres'”, escreveu Lula. A carta foi redigida à mão.

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“Zeca, parabéns por compara-lo a uma ‘tchutchuca’ na relação dele com os empresários. Eu fiquei tão orgulhoso de você, que vou aprender a musica (sic) da ‘tchutchuca e do tigrão’! Kkkk”, escreveu. Lula encerra a nota com abraços. A carta é datada do dia 4, um dia depois da sessão.

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A confusão teve início na audiência do dia 3 quando Zeca Dirceu questionou Guedes sobre o porquê de o governo ter escolhido a reforma da Previdência, e não a tributária, para dar início às reformas governamentais. Ele chamou a “Nova Previdência” de “criminosa”.

“Quais foram os estudos e projeções que o senhor e o seu ministério produziram para essa prioridade? Por que não começar pela reforma tributária, que acabaria com privilégios? Por que não a reforma bancária, dos seus amigos”, perguntou o deputado petista.

A audiência foi encerrada depois de um bate-boca entre Zeca Dirceu e Guedes, assim que o petista utilizou as expressões retiradas de um funk para classificar o posicionamento do ministro diante das propostas apresentadas no texto da reforma.

“Tô vendo, ministro, que o senhor é tigrão com aposentados e trabalhadores, mas é tchutchuca com quem tem privilégios” disse Zeca. O ministro na hora ficou incomodado e começou a bater-boca com o deputado. “Tchucuca é a mãe. É a vó”, devolveu Paulo Guedes. “O senhor me respeite”, gritou o ministro.

A discussão ganhou tons mais ríspidos e levou o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da CCJ, a pedir que ambos retirassem as palavras. Os dois continuaram trocando ofensas mesmo com o som dos microfones desligados.

Francischini encerrou a sessão, o que fez com que militares tentassem cercar o ministro. A polícia legislativa fez um cordão e protegeu Guedes.

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