O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se referiu à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, como candidata à sua sucessão e assumiu a candidatura do ministro da Justiça, Tarso Genro, ao governo gaúcho. O episódio ocorreu hoje durante entrevista à Rádio Guaíba. “Estamos preparados para lançar Tarso Genro, lançar a Dilma e ganhar a eleição”, afirmou Lula. “É possível que a gente construa um time capaz de ganhar e acho que é possível construir em torno de Dilma esse time”, prosseguiu, referindo-se à necessidade de alianças.

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Ao falar da perspectiva da construção de um milhão de casas, o presidente voltou a mencionar a chefe da Casa Civil. Inicialmente disse que esse número cria um paradigma, pois, segundo ele, forçará qualquer governo que venha depois dele a “fazer mais, a fim de não ficar atrás do que um simples torneiro mecânico fez pelo País”. “Espero que a Dilma faça o dobro e faça melhor.”

Em outro trecho da entrevista, Lula descartou a hipótese de uma corrida armamentista na América do Sul, mas justificou os investimentos que o Brasil está fazendo na área militar pela necessidade de proteger suas extensas fronteiras e seu mar. “O Brasil é País de paz, mas precisamos mostrar os dentes se alguém quiser brigar conosco”, disse, para sustentar que a defesa das riquezas nacionais não pode ser feita só com palavras. Lula lembrou ainda que, nos anos 70, o Brasil produzia tanques e, hoje, tem dificuldade até para fazer a manutenção de seus equipamentos militares. Ele prometeu recuperar o “poder de defesa” do País.

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