Lula afirma que assunto Chávez será retomado na volta ao País

A conversa de ontem entre Hugo Chávez e o embaixador do Brasil em Caracas, João Carlos de Souza-Gomes, não foi suficiente para encerrar a crise aberta pelas declarações do presidente venezuelano contra o Congresso brasileiro. Nesta segunda-feira (4), durante sua visita oficial à Índia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que o assunto está sem solução definitiva e vai voltar à pauta diplomática do governo quando ele regressar ao Brasil – o que ocorrerá somente na manhã de sábado. "Deixa eu voltar ao Brasil para eu resolver isso (as críticas de Chávez ao País)", afirmou Lula.

A crise bilateral começou na semana passada, quando Chávez reagiu publicamente à aprovação, pelo Senado Federal, de uma moção de censura contra sua decisão de não renovar a concessão à emissora Rádio Caracas de Televisão (RCTV). O presidente venezuelano disse que o Congresso "repete como um papagaio" a posição do Legislativo dos Estados Unidos.

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, relatou nesta segunda-feira que, durante o telefonema de Chávez ao embaixador Souza-Gomes, o líder venezuelano demonstrou ter percebido o "incômodo" diplomático causado ao governo brasileiro pela forma como disparou suas críticas ao Congresso. Em nenhum momento, o ministro ressaltou o conteúdo dessas críticas ou o entorno político que permitiu que se tornassem públicos. O chanceler mostrou-se alinhado à receita do Palácio do Planalto de que é melhor esfriar o caso, pelo menos por enquanto. Em especial, porque Lula e Chávez deverão compartilhar a mesma mesa, no final de junho, durante a Reunião de Cúpula do Mercosul, em Assunção, no Paraguai.

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