Pouca gente percebeu o qüiproquó no comitê de imprensa da Assembléia Legislativa, ontem à tarde, enquanto se desen-rolava a sessão plenária. Considerando-se ofendido com uma matéria publicada pelo Jornal da Cidade, de São José dos Pinhais, o deputado Luiz Accorsi (PSDB) desentendeu-se com seu diretor, Cristiano Lima, que distribuía a publicação entre jornalistas e outras pessoas presentes. Por pouco o bate-boca não avançou para a troca de sopapos. Seguranças foram chamados para contornar a situação e acabaram conduzindo o jornalista para fora do plenário.
O líder da bancada do PT, Tadeu Veneri, que estava próximo, chegou a intervir para evitar que a discussão se agravasse. Tudo se passou tão rapidamente que a maioria dos deputados sequer chegou a se aperceber do movimento.
Aliás, o clima de irritação chegou também à tribuna. O deputado José Domingos Scarpelini (PSB), condenou a atitude do superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, que não atendeu convite para responder sobre denúncias formuladas pela presidente do Provopar, Lúcia Arruda, de que a Appa não repassa à entidade a receita obtida com as varreduras. Na justificativa, Requião acusou a Casa de fazer "pré-julgamento advindo de acusação leviana e infundada", e fez um pedido de desagravo e retratação. Scarpelini disse que não se retratará, até porque a denúncia partiu da própria Provopar e foi reproduzida no plenário pelo deputado Rafael Greca (PMDB).
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