A defesa do corretor Lúcio Bolonha Funaro entrou com uma queixa-crime contra José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer. Assinada pelo advogado Bruno Espiñeira, a queixa é uma reação às declarações de Yunes à Procuradoria-Geral da República. Segundo Yunes, Funaro teria entregado em seu escritório um “pacote” a pedido do atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Preso na operação Sépsis, Funaro é apontado pelo Ministério Público Federal como operador do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

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A entrega do “pacote” coincide com os fatos expostos pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho em seu acordo de colaboração premiada na Operação Lava Jato. De acordo com o anexo entregue por Melo Filho ao MPF, o escritório de Yunes teria sido o local de entrega de um dos pagamentos relacionados ao R$ 10 milhões solicitados por Michel Temer em um jantar no Palácio do Jaburu.

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“Esses pagamentos, no valor de R$ 4 milhões, foram realizados via Eliseu Padilha, preposto de Temer, sendo que um dos endereços de entrega foi o escritório de advocacia do Sr. José Yunes, hoje Assessor Especial da Presidência da República”, disse o delator. Yunes pediu demissão após o anexo da delação de Melo Filho vir a público, em dezembro de 2016.

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Bruno Espiñeira, responsável pela defesa de Funaro, afirma que a queixa-crime tem como objetivo “resgatar a verdade do fatos” relacionados à suposta entrega no escritório de Yunes.

Defesa

“Não tenho conhecimento da queixa. José Yunes prestou todos os esclarecimentos devidos à PGR e no momento oportuno irá se manifestar sobre a inicial de Lúcio Funaro”, disse o criminalista José Luis Oliveira Lima, que representa José Yunes.