Luciana Genro: “Não aceitaremos que a precarização do mercado de trabalho”

A ex-candidata do PSOL à Presidência Luciana Genro participa de uma manifestação que mobiliza milhares de pessoas em São Paulo contra o projeto que libera a terceirização para atividades-fim e contra o avanço de pautas “conservadoras” no Congresso Nacional. “Não aceitaremos que a precarização do mercado de trabalho seja generalizada pelas terceirizações, que os trabalhadores sejam chamados a trabalhar mais e ganhar menos”, disse Luciana em cima do carro de som, ainda na concentração no Largo da Batata.

Ela também se manifestou contra os ajustes fiscais promovidos pelo governo Dilma. “Não podemos admitir que os trabalhadores paguem a conta desses ajustes”, clamou e voltou a defender a taxação de grandes fortunas e a auditoria da dívida pública – duas de suas principais propostas durante a campanha.

“A direita cresce porque o governo não oferece respostas à luta da classe trabalhadora, não oferece resposta no combate à corrupção, Enquanto isso os políticos e partidos enchem os cofres”, afirmou Luciana.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, reforçou o coro contra o PL 4330 e disse que é “só uma das atrocidades” promovidas pelo Congresso. O dirigente repetiu que A CUT é contra as MPs 664 e 666 “que tiram direitos da classe trabalhadora”. “Eduardo Cunha, aprenda, você não manda no Brasil”, disse Freitas em referência ao presidente da Câmara.

Edson Carneiro, o Índio, secretário-geral da Intersindical, pediu uma grande vaia para Cunha e para o Congresso e disse aos berros: “Eduardo Cunha tire suas patas sujas dos direitos dos trabalhadores”.

Gilmar Mauro do MST também disparou em direção a Cunha. “Aquele Cunha está se achando o gás da coca cola porque está servindo aos interesses das empresas que financiaram a maioria dos picaretas que estão no Congresso Nacional”, afirmou. O representante dos Sem Terra não poupou também o governo Dilma. “O governo Dilma está bem, se reelegeu, mas parece que está com torcicolo, só olha pra direita. Tem que olhar pra pauta da classe trabalhadora, fazer a Reforma política”.

Chove muito forte nesse momento, mas os manifestantes seguem em passeata em direção à Avenida Paulista

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