Lobão Filho pede direito de mudar de partido ao TSE

O senador Edison Lobão Filho (DEM-MA) pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a garantia do direito de trocar de legenda sem correr o risco de perder o mandato por infidelidade partidária. Lobão Filho assumiu o cargo do pai, Edison Lobão, que foi nomeado ministro de Minas e Energia. O novo senador é acusado de sonegação de impostos e de ter sócios ocultos em uma empresa, no Maranhão. No pedido, Lobão Filho se diz vítima de perseguição por dirigentes do DEM, o que configuraria "justa causa para deixar o partido e se filiar a outra legenda".

De acordo com os advogados do senador, as denúncias fazem parte de uma "odiosa e injusta campanha difamatória". "Sem que tenham examinado as circunstâncias das infundadas denúncias ou as provas pertinentes, sem que ouvissem o requerente e, principalmente, sem apontar qualquer ato concreto que o requerente tivesse praticado contra as diretrizes estabelecidas no estatuto do partido ou que pudessem caracterizar situação de infidelidade, ilustres dirigentes do Democratas anunciaram, por diversas vezes, que o requerente deveria deixar o partido", afirmam os advogados.

Além disso, a defesa alega que, por ser filho do ministro de Minas e Energia, Lobão Filho é visto por dirigentes do DEM como um senador que votará a favor do governo e contra as orientações da legenda. "O requerente (Lobão Filho), sem que tenha praticado qualquer ato concreto, está sendo vítima de grave discriminação pessoal, pelo fato de ser filho de um ministro de Estado do governo Lula." Lobão Filho poderá ingressar no PMDB, partido ao qual se filiou seu pai.

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