A governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), classificou como “erros políticos” a aceitação da indicação do empresário Paulo Afonso Feijó (DEM) como vice-governador em sua chapa em 2006 e a compra de sua casa ao final da campanha eleitoral. “Eu deveria ter previsto que qualquer mudança naquele período, para uma governadora ainda não empossada, provocaria desconfianças, mesmo que (o negócio) feito de modo legal, limpo e transparente”, afirmou hoje.
Yeda voltou a falar com a imprensa um dia depois de se ver livre de um pedido de impeachment feito pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais (FSPE). Ontem, a base aliada fez valer a maioria que tem na Assembleia Legislativa e arquivou o processo.
A tucana deu como encerrado o período de acusações “infundadas e injustas” da oposição e anunciou que vai passar a participar de mais atividades públicas portando os “atestados” que tem agora. Citou, a seu favor, as decisões da Assembleia Legislativa, da Justiça Federal de Santa Maria – que negou pedido de bloqueio de seus bens e de afastamento do cargo feito pelo Ministério Público Federal (MPF) -, e também do Tribunal Regional Federal (TRF) – que excluiu seu nome da ação de improbidade administrativa contra agentes públicos envolvidos com a fraude do Detran.
“Não há gravações, atos, decretos, leis ou despachos que indicam qualquer coisa errada feita pelo chefe do executivo”, reiterou.
Reeleição
Apesar de já ter dito em situações anteriores que é candidata à reeleição no ano que vem, Yeda não foi tão categórica desta vez, afirmando que esse é um assunto para ser tratado em 2010.
A governadora deu pouca importância às informações de que os articuladores da candidatura tucana à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostaria de apoiar o candidato do PMDB no Rio Grande do Sul em troca de um palanque forte para o PSDB no Estado. “São sinais de quem gostaria de ter o apoio de Serra (no Estado), algo que eu garanto que já tenho”, afirmou.