Os maiores partidos da base de apoio ao Palácio do Planalto recuaram e desistiram de aprovar a eleição por meio de lista partidária fechada – na qual os eleitores votam no partido e não no candidato diretamente – e caminham para enterrar a proposta de realizar uma reforma política neste ano. A reação negativa de PSB, PR, PP, PTB levou o PMDB e o PT a abandonar a lista fechada para as próximas eleições e evitar qualquer tema que sirva para desagregar a base, o que poderia provocar consequências negativas na construção de alianças.

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A avaliação foi feita em reunião na noite de terça-feira entre os líderes da base, o ministro de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, e o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), na casa do vice-líder do governo, Ricardo Barros (PP-PR). Segundo um dos participantes, não é possível fazer algo que obrigue partidos da base a entrar em campos opostos.

O grupo considerou que há uma movimentação política grande no momento e que seria inteligente preservar a base para impedir, entre outros resultados, o assédio de outros candidatos aos partidos da base. Outro efeito colateral da insistência em aprovar a lista fechada seria a obstrução de votações de interesse do governo na Câmara. “O ideal não é fazer alteração para agora, mas para 2014. Quero viabilizar a reforma política”, considerou o líder do PT, deputado Cândido Vaccarezza (SP).

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