Líderes não só da oposição como também da base governista reuniram-se na noite de terça-feira, 6, na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para articular novamente o esvaziamento da sessão do Congresso marcada para esta quarta-feira, 8, com o objetivo de que deputados e senadores votem os vetos presidenciais.

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Cunha marcou uma reunião com estes líderes para as 11h em seu gabinete, meia hora antes do horário marcado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também comanda o Congresso. A sessão, que já passou por sucessivos adiamentos, foi mais uma vez postergada depois que deputados não deram quórum suficiente na manhã de terça-feira.

O governo tem preocupação especial com a manutenção de dois vetos. O que mais preocupa o governo é do reajuste dos servidores do Judiciário. O impacto é de R$ 36,2 bilhões até 2019, segundo o governo. Além disso, há o texto que atrela o reajuste do salário mínimo aos benefícios do INSS, despesa extra de R$ 11 bilhões nos próximos quatro anos.

Assim como na terça, partidos da base governista devem aderir ao boicote à sessão. Eles estão incomodados com o espaço concedido pelo governo ao PMDB na reforma ministerial. Além disso, há insatisfação com perda de espaço e com o tratamento dado a algumas legendas não tão grandes nem tão fiéis, em especial o PDT.

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Segundo apurou a reportagem, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) disse a parlamentares que o governo contabiliza 210 favoráveis à manutenção dos vetos, apenas dez a mais que o total estimado antes da reforma ministerial.

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), apelou aos líderes mais fiéis ao governo que mantenham fora do plenário seus deputados que pretendem derrubar alguns dos vetos, de acordo com um líder governista.

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